O agir de Deus e as diásporas

Estevão era um homem cheio de fé e do Espírito Santo. Escolhido pelos discípulos, realizava sinais entre o povo, despertando a fúria de alguns líderes religiosos da época.

À semelhança de Jesus, foi acusado injustamente e morto, mas não sem antes professar a sua fé. Com o martírio de Estevão, chegamos ao capítulo 8 de Atos, onde a igreja se espalha por conta da grande perseguição.

“E fez-se naquele dia uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judéia e de Samaria, exceto os apóstolos.”

Atos 8.1

Essa dispersão física da igreja não foi sinônimo de um esfriamento espiritual, pelo contrário, “os que andavam dispersos iam por toda a parte, anunciando a palavra” (Atos 8.4).

Jesus deixou muito claro já em Atos 1.8 que o Evangelho deveria ser pregado a todos. Mas é após a perseguição que vemos a igreja se movimentar, alcançando outros povos além de Jerusalém. 

Tanto Tiago, quanto Pedro escrevem a esses irmãos espalhados por toda parte:

“Tiago, servo de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, às doze tribos que andam dispersas, saúde.”

Tiago 1.1

“Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos estrangeiros dispersos no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia.”

1 Pedro 1.1

Outros fatores foram muito importantes na propagação do Evangelho entre os primeiros cristãos, mas não podemos negar o agir de Deus, mesmo diante de fatos que poderíamos considerar trágicos.

Atualmente, muitos povos vivem diásporas. Mas, diferente dos nossos irmãos do passado, eles não conhecem a verdade que nos conduz a um lar na eternidade. Além disso, a igreja tem se concentrado em sua própria Jerusalém, ignorando que a ordem de Jesus de ir aos confins da Terra também é para nós.

Precisamos nos posicionar para sermos instrumentos nas mãos do Senhor. Que possamos pregar para aqueles que estão longe de casa. Que possamos ir àqueles que estão distantes da verdade do Evangelho.