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Morávios: uma história inspiradora


Para contar a história dos morávios, precisamos começar com John Huss, um reformador que desafiou a Igreja Católica e foi queimado na fogueira em 1415. Sua morte, no entanto, não foi o fim das mudanças que ele iniciou. Seus seguidores, conhecidos como Irmãos Boêmios, formaram a “Unidade dos Irmãos” e se espalharam por toda a Europa Central.

Perseguição e busca por refúgio

No século XVII, um rei católico romano dominou a Boêmia e a Morávia (região da atual República Checa), iniciando uma terrível perseguição. Muitos líderes foram executados, e milhares de famílias foram forçadas a fugir. Por quase 100 anos, os morávios viveram como uma rede clandestina de cristãos, dividida em pequenas células.

Em 1722, um pequeno grupo de refugiados morávios encontrou abrigo nas terras de Nicolau von Zinzendorf, em Herrnhut, Alemanha. Zinzendorf, um conde ligado ao pietismo — movimento que defendia o retorno ao estudo da Bíblia e à oração — os acolheu. Ele assumiu o papel de supervisor da comunidade e, mais tarde, tornou-se seu pastor.

Avivamento em Herrnhut

Em 1727, essa comunidade experimentou um grande avivamento espiritual. A partir desse evento, iniciaram uma vigília de oração ininterrupta, 24 horas por dia, 7 dias por semana, que durou 100 anos. Esse avivamento foi a base para uma intensa atividade missionária.

Após receber apelos de irmãos da Groenlândia e das Índias Ocidentais, Zinzendorf desafiou os morávios a partirem para vários países, incluindo alguns da América Central. Imediatamente, 26 pessoas se voluntariaram, e nos 28 anos seguintes, mais de 200 missionários morávios partiram para diversas nações.

Principais características

Os morávios viviam um cristianismo centrado em Cristo e pregavam sobre Ele de maneira simples e direta. Eles focavam em alcançar os marginalizados, colocando o crescimento do Reino de Deus acima das divisões denominacionais. Além disso, adotavam a estratégia de “fazer tendas”, sustentando-se por meio de trabalhos manuais.

Influência dos Morávios

A dedicação dos morávios inspirou muitos cristãos. No século XVIII, John Wesley foi uma dessas pessoas. Durante uma viagem à América, Wesley testemunhou a serenidade dos morávios em meio a uma tempestade, enquanto todos se desesperavam. Isso o ajudou a entender mais sobre a importância de um relacionamento pessoal com Cristo.

Outro nome inspirado por eles foi William Carey. Em uma reunião em 1792, Carey usou relatos das missões morávias para convencer seus colegas a fundarem a Sociedade Batista Missionária, instituição fundamental para o movimento missionário moderno.

Um novo avivamento

A forma como as missões são feitas hoje foi profundamente influenciada por esse pequeno grupo que alcançou diversas nações. Na cidade de Herrnhut, é possível visitar a propriedade que pertenceu a Zinzendorf e a torre de oração onde a vigília de 100 anos aconteceu. No entanto, ao ouvir a história dos descendentes desses irmãos, percebemos que é tempo de um novo avivamento e movimento missionário, especialmente para a Alemanha e toda a Europa.

O lema dos morávios era: “Nosso Cordeiro venceu, vamos segui-lo”. Devemos fazer o mesmo! Sua dedicação deve nos inspirar a lutar para que vidas sejam alcançadas. Ore pelos missionários na Alemanha e peça ao Senhor por um novo avivamento nessa terra, que já foi palco de grandes transformações para a Igreja no mundo.

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